Para ser franco, ao mestrar raramente dou grande importância a extensas listas de equipamento e contabilidade complexa. Na maior parte das vezes, seguindo a melhor tradição de Fighting Fantasy (e certamente da Espada & Feitiçaria em geral), dê ao herói uma espada, uma mochila e algumas provisões e deixe que se vire!
Claro que isso não significa não dar o devido valor a um rolo de corda ou a uma tocha quando se está em uma masmorra escura e hostil, ou que o personagem possa perambular por lá indefinidamente sem se alimentar. Trata-se apenas de presumir que um aventureiro capaz esteja minimamente preparado e que possa adquirir o que precisar (seja algo banal ou uma raridade) sem abrir livros para consultar preços.
Nesse sentido, definir rapidamente o valor de qualquer artigo torna-se um imperativo para não retardar o ritmo da aventura. Por sorte, Blood of Pangea e alguns outros jogos da Olde House Rules trazem uma lista bastante simples e eficaz:
- Itens comuns/pequenos, como ferramentas e objetos pessoais, custam 1d6 peças de prata;
- Itens exóticos/grandes, incluindo armas e armaduras, custam x10;
- Itens raros/muito grandes, como montarias, veículos e luxos, valem x100.
Note que a variação de preços proporcionada pelo d6 leva em conta a disponibilidade e a qualidade de um artigo.
A partir daqui, não é difícil classificar qualquer item, estimar a quantidade exata obtida (talvez 20 metros de corda ou 3 tochas para cada d6 p.p., por exemplo) ou rolar d6 extras para casos mais específicos. Pode ser que uma espada excepcional ou uma armadura completa, feita sob medida, seja tratada como um item raro.
Também é possível estender essa lista para serviços em geral e custos de vida (talvez d6 x 10 p.p. para viver de forma modesta em uma cidade por uma semana, ou x100 para ter mais conforto). Se quiser, acrescente multiplicadores de x1.000 para embarcações pequenas, contratar um pequeno grupo armado para uma empreitada ou desfrutar da vida de um barão por uma semana; ou x10.000 para construir um forte ou formar um exército.
Lembre-se, por fim, de que a maioria dos butins não deve durar muito em uma grande cidade, antiga e maligna, repleta de luxos e perdições -- logo os aventureiros se verão obrigados a empreender novas explorações!
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